Matéria: Contratuh

O ministério aponta que das 100 mil vagas criadas em junho de 2022, foram no setor de Turismo, mesmo numa época de pandemia.

Dados da Confederação Nacional do Comercio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgada há alguns dias pelo Ministério do Turismo, prevê também que até o final do ano quase 200 mil vagas de emprego serão criadas no setor. São estimativas.

A mesma notícia aponta que a tendência de recuperação é de que quase 80 mil empresas foram abertas em atividades ligadas ao Turismo desde maio de 2021, principalmente no segmento de bares e restaurantes.

Diz o Ministério que em junho, foram criados 277.944 postos de trabalho no país com carteira assinada. No setor de Turismo, caso dos segmentos de alojamento e alimentação, transporte aéreo e agências de viagens, foram criadas cerca de 100 mil vagas,contribuindo para a recuperação da economia do país.

O balanço aponta ainda que o setor de serviços, no qual o Turismo está inserido, foi responsável pela geração de quase 125 mil postos, principalmente nos estados de São Paulo (80.267), Minas Gerais (31.092) e Rio de Janeiro (22.922).

Todos são dados oficiais do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

O índice de Atividades Turísticas, medido pelo IBGE, já havia apontado o bom desempenho do setor nos primeiros cinco meses de 2022, quando registrou alta de 50,2%, em relação ao mesmo período de 2021.

Regionalmente, todos os 11 estados e o Distrito Federal, que integram a pesquisa, registraram alta no período, com destaque para Minas Gerais (82,1%), Rio Grande do Sul (68%), São Paulo (56,7%), Bahia (47,2%) e Rio de Janeiro (27,9%).

SÃO SUBEMPREGOS

Para o presidente da Contratuh, Wilson Pereira, esses números são estatísticos. No entanto ele pondera que há uma grita geral da categoria nestes últimos anos. “A falta de salários compatíveis e que estimulem a ocupação dessas vagas por profissionais do setor, tem gerado descontentamentos”.

Wilson destaca que grande parte daqueles que partiram para a informalidade desde a reforma trabalhista, e os números são gigantescos, ocorre pelos baixos salários. “Há, por exemplo, muitas mulheres preferindo trabalhar como domésticas onde a renda é mais significativa, do que assumir as vagas que são oferecidas no mercado de trabalho.”

Ele também ressalta que os empregadores optam pelas jornadas intermitentes, através de contratos temporários, o que não flexibiliza os direitos do trabalhador e não estimula a ocupação dessas vagas.

Daí se conclui que o subemprego é o que predomina e os dados podem até compor as estatísticas, mas há um grande desestímulo com a perda de ganhos significativos a altura dos profissionais que procuram o mercado de trabalho.

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